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Apple e EUA: Trump renova ameaças de taxação sob iPhones fabricados fora do país

Por: Lucas Kina

Jornalista e produtor de Podcasts no E-Commerce Brasil

Após calmaria nos últimos dias, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, voltou a agitar o cenário internacional nesta sexta-feira (23). Agora, o executivo sugeriu uma tarifa de 50% sobre produtos importados da União Europeia (UE) a partir de 1º de junho, além de uma taxa de 25% sobre iPhones fabricados fora dos EUA, modelo de smartphone produzido pela Apple. Os anúncios foram feitos em seu perfil na rede social Truth.

Apple e EUA Trump renova ameaças de taxação sob iPhones fabricados fora do país
(Imagem: Unsplash)

Trump volta a pressionar a Apple, afirmando esperar que a empresa fabrique iPhones vendidos nos EUA dentro do próprio país. Caso contrário, ameaçou impor uma tarifa mínima de 25%. A Apple não se manifestou sobre a declaração. As ações da companhia abriram o dia em queda de 2,3%.

Embora os EUA sejam o maior mercado da Apple, o país não possui fábricas de smartphones. A empresa tem acelerado sua produção na Índia, com planos de transferir a maior parte da fabricação dos iPhones vendidos nos EUA até o fim de 2026.

Economia impactada

A União Europeia exportou aproximadamente € 500 bilhões para os EUA em 2023. Entre as categorias em destaque, estão produtos farmacêuticos, automóveis, autopeças e aeronaves. A lista específica de países do bloco que lideraram o comércio com o país conta com Alemanha, Irlanda e Itália.

Com a possível aplicação da tarifa de 50%, analistas temem aumentos de preços em itens como veículos e azeites europeus. A nova medida, se concretizada, também colocaria o bloco europeu em desvantagem tarifária em relação à China, cuja alíquota caiu para 30% após revisão do governo norte-americano.

A Casa Branca, em meio à turbulência nos mercados, recuou parcialmente nas tarifas anunciadas em abril, mantendo uma alíquota de 10% sobre a maioria das importações e reduzindo outras mais severas. A exceção inclui produtos como smartphones e eletrônicos — uma tentativa de conter o impacto sobre empresas como a Apple.

*Com informações da Reuters